SETE EM CADA DEZ DESEMPREGADOS ESTÃO DISPOSTOS A GANHAR MENOS DO QUE NO ÚLTIMO EMPREGO, MOSTRA SPC BRASIL E CNDL

16/02/2017

Pesquisa inédita mostra que os desempregados têm em média 36 anos, possuem ensino médio completo e têm filhos. 37% eram os principais responsáveis pelo sustento da casa. Tempo médio de desemprego é de mais de 12 meses. Maior parte das demissões ocorreram devido à crise. O Brasil ainda vive sua pior recessão dos últimos vinte anos e os impactos sentidos pela indústria, comércio e serviços resultam em uma taxa de desemprego que se aproxima dos 20%, levando em conta quem está sem trabalho e procura por emprego, quem tem empregos com poucas horas semanais ou aqueles que já desistiram da busca.

A pesquisa “O desemprego e a busca por recolocação profissional no Brasil”, realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela ‘Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), investiga qual o perfil dos desempregados, os motivos que levaram ao desemprego, as consequências na vida familiar e as medidas adotadas para encontrar nova colocação no mercado. O estudo mostra que sete em cada dez desempregados (68%) estão dispostos a ganhar menos do que recebiam no último emprego, principalmente os homens (74%) e os que pertencem às classes C, D e E (70%).

As principais justificativas nestes casos são que o que importa atualmente é arrumar um emprego para pagar as despesas (29%) e que o importante é voltar ao mercado de trabalho (25%). Por outro lado, 32% não estão dispostos a receber menos, principalmente as mulheres (36%) e os que pertencem às classes A e B (44%), sendo a razão mais citada o fato de encararem o salário menor como regressão profissional (15%), seguido da possibilidade de ser difícil voltar ao patamar salarial que possuía antes (12%). O levantamento revela que, considerando aqueles que participaram de ao menos uma entrevista desde que estão desempregados, 50% chegaram a recusar alguma proposta, sendo que 20% o fizeram porque a remuneração e/ou benefícios eram insuficientes, enquanto 10% alegam que o local era muito distante de casa.

Dessa forma, a pesquisa realizada mostrou que apenas alguns dos entrevistados aceitaria uma proposta com a remuneração menor se comparada com o emprego anterior para conseguir saldar todas as dívidas ou gastos considerados essenciais como despesas como alimentação, água, luz e telefone. Evitando assim o constrangimento de ter seu nome na lista do SPC ou SERASA.

 

Fonte: https://www.spcbrasil.org.br/imprensa/notícia/2536. Acesso em 17 de fevereiro de 2017. Adaptada por Alana Aires.

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